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Histórias de imaginar

Francisco sem maneiras

Francisco sem maneiras



Esta é uma história que foi criada com a intenção de explorar o tema "Boas maneiras". Serviu como ponto de partida para longos diálogos e grandes descobertas!

Era uma vez um rapaz chamado Francisco. Ou melhor, Francisco sem maneiras, que era como lhe chamavam os vizinhos.
O Francisco era assim chamado porque era muito mal-educado: nunca cumprimentava as pessoas, não pedia por favor nem dizia obrigado e, além disso, era muito descuidado na forma como se sentava, como comia, bocejava e espreguiçava-se em qualquer lado e nunca punha a mão à frente da boca quando tossia ou espirrava. E assim as pessoas foram-se afastando dele e, por fim, vivia sozinho e não tinha amigos.
 Aconteceu que o Francisco estava apaixonado por Violeta, a rapariga que vendia flores na loja da esquina, que era uma florista. Só que todas as vezes que ele ali entrava parecia que ela nem o via e o rapaz já não sabia o que fazer.

Foi ter com o Sr. Gaspar, que era o dono da livraria lá da rua e era conhecido por ser uma pessoa muito inteligente. Era já muito velhote e dizia-se que já tinha lido todos os livros que tinha na loja e, por isso, sabia muitas coisas.

Contou-lhe o que se passava e o Sr. Gaspar disse-lhe que o podia ajudar: ía-lhe ensinar “boas maneiras”.
E assim foi: o Francisco aprendeu a estar à mesa, a comer com a boca fechada, a esperar a sua vez, a falar baixo, a pôr a mão à frente da boca sempre que tossia, espirrava ou bocejava, a não se espreguiçar em qualquer lugar e tantas outras coisas. No final, ensinou-lhe s palavras mágicas: “Bom dia”, “Até amanhã”, “Obrigado”, “Desculpa”, “Por favor”.
Aos poucos as pessoas começaram a reparar que o Francisco estava diferente e, quando íam ao café, até já havia quem se sentasse à sua mesa.
Por fim, Francisco ganhou coragem e foi à loja da Violeta comprar uma rosa cor de rosa. Foi muito bem educado e saíu de lá muito feliz pois a rapariga tinha sorrido para ele.
A partir dali, todos os dias, Francisco passava na florista, comprava uma flor e conversava com Violeta que, aos poucos, começou também a sentir-se apaixonada por este rapaz que era, afinal, muito simpático.
E foi assim que, num dia de Sol, Francisco lhe ofereceu um ramo enorme com uma flor de cada espécie que havia na loja e os dois se casaram na pequena igreja do bairro onde se conheceram.

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