A pista de automóveis
Certo Natal havia um menino que
desejava muito uma pista de automóveis. Quando chegou a altura de
abrir os presentes viu que não tinha recebido a tão desejada pista
e ficou muio zangado. Empurrou os brinquedos todos para um canto e
saiu da sala a chorar e a dizer que não tinha gostado de nada.
Foi para o seu quarto e deitou a
cabeça na almofada que, em breve, estava molhada com as suas
lágrimas. Sentiu então uma grande mão no ombro e voltou-se para
ver quem era. Qual não foi o seu espanto quando viu o próprio Pai
Natal sentado na beira da cama. Este disse-lhe:
- Senta-te e ouve-me. Vou levar-te a conhecer os meninos a quem dei a tua pista. Se ainda achares que me enganei e que és tu quem deve receber a pista, assim será.
O menino concordou e sentou-se no trenó
ao lado do Pai Natal. Foi um instante enquanto as renas voaram pelo
céu até um local onde não estava frio, quase não havia carros nem
prédios e as crianças vestiam roupas esfarrapadas e caminhavam
descalças pelas ruas empoeiradas.
Entrarm então numa casa muito pobre
onde estavam algumas crianças que riam, de olhos muito brilhantes,
jogando com uma pista de automóveis. Era a sua pista!
Então o menino olhou em volta e
percebeu que aquele era o único brinquedo daqueles meninos. Não
havia outros...
A partir dessde dia, o menino nunca
mais ficou triste por não ter no sapatinho tudo aquilo que tinha
pedido e, todos os anos, escolhia os brinquedos que já não usava e
enviava-os ao Pai Natal para que levasse, na noite de Natal, a todos
os meninos que não tinham nada para brincar.
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